Fonte: Folha 8
Algumas das bandeiras preferidas pelos  novos e velhos politólogos são, na sua maioria, segundo Caetano Barata  em decorrência dos gregos, principalmente os ideais políticos modernos  como justiça, a liberdade e o governo constitucional.
Foi a Grécia a pioneira a lançar as  sementes da ideia democrática. Certamente, não é essa conservada pelos  filósofos modernos e, talvez os gregos antigos não nos considerassem  democráticos, porque presos ao formalismo desse regime.
Se pressupomos democracia onde a  liberdade de expressão é tolhida, condicionada, castrada e punida com  suspensão, banimentos e execração, então estamos distante dos seus  pilares formadores.
Precisamos, em Angola, por exemplo,  nominar o conceito exarado na Carta Magna. Se um Estado que se pretende  democrático relega a liberdade de expressão sem considerá-la um direito  fundamental consagrado na Constituição de 2010, no capítulo que trata  dos Direitos, Liberdades e Garantias Fundamentais e funciona como um  verdadeiro termómetro no Estado Democrático, qual será o conceito de  democracia dos nossos futuros brasileiros?
O artigo 40.º da CRA, afirma: “todos têm  o direito de exprimir, divulgar e compartilhar livremente os seus  pensamentos, as suas ideias e opiniões, pela palavra, imagem ou qualquer  outro meio, bem como o direito e a liberdade de informar, de se  informar e de ser informado, sem impedimentos nem discriminações”; qual  será a ferramenta que garantirá a não vulnerabilidade e até mesmo a  anulação do valor desta declaração?
A postura e a postulação de “alguns  grupos” não podem ser respaldadas nem pelo Direito Legal, nem pela  opinião pública e muito menos pelos meios de comunicação social do  Estado que conhecem muito bem as consequências, quando o direito da  liberdade de expressão é excluído da condição inicial do cidadão.
A postura de muitos caciques do regime é  contrária a democracia e seu o legislador faz ouvidos de “moco” e venda  os olhos, não está a defender a democracia, mas uma ditadura  encapotada, em função da outorga pelo voto directo do povo para  representá-lo com a sua voz, capacidade e principalmente consonância de  garantir as liberdades e não consumarem a ilegitimidade de retirar um  Direito emanado pelo povo. E ainda, mais óbvio, basta analisarmos se o  povo angolano é na sua maioria contrário a morte das suas línguas,  culturas, tradições e costumes. Se assim, não o é, onde está a ética dos  que contrariam a opinião pública?
Há muito tempo a política convida os  homens à tolerância, ao diálogo, ao bom senso, ao consenso. E  lamentavelmente, em pleno século XXI, num Estado que se diz democrático,  os luso tropicalistas a revelia do mandato popular, impuseram a maioria  de um povo; 75% que não fala português, esta língua como a única com  direito constitucional e as angolanas, como marginais, que devem ser  eliminadas do mapa. Face a esta situação, tal como os angolanos tiveram  de lutar no período colonial, contra os colonialistas em defesa das suas  culturas, também agora, as novas gerações e os autóctones consequentes  devem bater-se contra a pretensão dos luso tropicalistas de tentarem  eliminar o que os 500 anos de presença portuguesa não conseguiram,  acabar com a liberdade de expressão nas nossas línguas maternas. Não se  pode promover mais o “paneleirismos”, ou homossexualismo, numa televisão  pública, TPA II, paga com dinheiro dos contribuintes e gerida pelos  filhos do Presidente da República, do que o bem mais sagrado entre os  autóctones Bantu: a sua identidade linguística e cultural. Por esta  razão todos devemos dizer basta, principalmente, agora que Eduardo dos  Santos disse que anunciou diante do seu amigo português, Pedro Passos  Coelho, que se vai recandidatar a mais um mandato eleitoral, nas  eleições de 2012, onde a fraude marcha como o vento e os cortes da  escuridão da EDEL, são uma norma, para consolidar o seu longevo,  complexado e discriminatório consulado.
Se nada fizermos, agora, na defesa da  verdadeira angolanidade, não acreditaremos a chacina a que estaremos  sujeitos, ao vermos a incoerência tornar-se exemplo e a lucidez ser  considerada loucura.
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