segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

INFORMAÇÃO POLICIAL ( A importancia da informacão na policia)


       Conceito de Noticia
              - Informação
              - Importância da informação na actividade policial

Interessa desmontarmos antes a palavra Noticia, porque é ela que da sustento a informação, ou seja é necessário dados para constituir uma informação.
O Noticia que etimologicamente significa Novo pode ser definido como qualquer facto documento ou material, cujo conhecimento se revele susceptível de ter interesse para as necessidades de um serviço de informação, o que significa que ela poderá Pode ser ainda entendida como o dado não processado, de qualquer natureza, que pode ser utilizado na produção de informação.
O importante reter aqui é que a colheita de dado em qualquer organização vai de encontro a natureza desta mesma organização, os objectivos, porque pouco interessa irmos a busca de dados que contrastam com os objectivos da instituição ou organização.
Frisamos aqui que a notícia pode ser:
Verdadeira ou falsa
Precisa ou imprecisa
Positiva ou negativa
Pertinente ou não pertinente
Ainda assim nenhuma dela pode ser desprezada antes de ser analisada.

O termo  Informação   provem do latín informatio  que significa explicação, enumeração, representação, ou ainda ideia concebida.
Lembro também que não existe um conceito universalmente aceite, os significados que aparecem na literatura, atendem o princípio da especialidade, e é desta forma que atendendo a natureza do nosso trabalho Informação será -conjunto de actividades que têm por finalidade o conhecimento do adversário (organizações, grupos ou indivíduos hostis ou potencialmente hostis) provável ou actual, o terreno (área de operações) ou a área de acção e todos os factores que possam condicionar a missão, adquirido através da pesquisa, estudo e interpretação de notícias.
          Informação = Noticia processada (trabalhada) ou seja

Interessa ressalvar que o manuseamento da informação para o sucesso da missão muitas vezes exige a preparação da contra informação.

A Contra-informação é a actividade desenvolvida para identificar e neutralizar as ameaças à segurança postas por serviços de informações, organizações ou indivíduos empenhados em acções de espionagem, sabotagem, subversão, terrorismo ou criminalidade organizada.
A contra-informação é inseparável da informação. Deve pois ser realizada por intermédio de medidas passivas (manutenção do segredo) e de medidas activas (detenção de agentes adversos), no sentido de minimizar ou neutralizar todas as possíveis actividades subversivas ou de informações do adversário. Tudo o que se fizer para que o adversário não tome conhecimento das nossas intenções e seja surpreendido com o cabal cumprimento da missão delineada é contra-informação
A informação da origem ao conhecimento que resultam a sábias decisões, Então meus caros é isto que nos vamos aprender aqui, aprender Gestão de informação policial.

IMPORTANCIA DA INFORMAÇÃO PARA ACTIVIDADES POLICIAL

O sucesso das missões da policial, esta na obtenção e manutenção da informação.
A “que a polícia é um grupo de profissionais uniformizados que executam actividades de patrulhamentos em espaços públicos, exercendo um poder direccionado prioritariamente para o controlo e prevenção do crime e da manutenção da ordem, sem, contudo, deixar de realizar algumas funções negociáveis de carácter social”.
Os processos policiais, além de gerarem muita informação, utilizam muita informação de fontes diversas: dossiers, sistemas de registo de ocorrências recebidas, base de dados de interesse policial, informantes, relatos de ocorrências, testemunhas, provas materiais, laúdos, documentos, médias diversas e entre outras. Tanto para o serviço típico policial, quanto para as actividades investigativas e até para outros serviços prestados, é necessário que a polícia possua informações em determinados níveis de pormenores e processamento. Por exemplo, nas actividades de patrulhamento, a polícia necessita da informação imediata dos factos que estão ocorrendo em uma determinada região e nas acções investigativas, são indispensáveis os cadastros integrados de pessoas, dados das ocorrências e demais análises criminais. Embora a polícia seja tão dependente da informação, as formas como a polícia recolhe, processa e usa a informação não são lineares, e não há um conjunto específico de procedimentos preestabelecidos para cada tipo de informação utilizada.
Embora a polícia seja tão dependente da informação, as formas como a polícia recolhe, processa e usa a informação não são lineares, e não há um conjunto específico de procedimentos preestabelecidos para cada tipo de informação utilizada.
 Filho (2006) confirma a importância da informação no trabalho policial salientando que ela determina conduta, direcção e a ela é atribuído um significado pela cultura organizacional. A informação tem sido vista como fundamental para as operações policiais, mas, ao mesmo tempo, pode-se qualificar a informação como boa até onde a teoria definir o seu valor e sua utilidade.
Hodiernamente, é impensável idealizar um qualquer Força ou Serviço de Segurança sem estar sustentabilizado num óptimo sistema de informações, isto porque , um dos principais objectivos de um sistema de informações policial é facultar dados relevantes e convenientes ao gestor policial ou ao investigador criminal que lhe permitam minimizar as dúvidas e valorar as certezas e a consolidação das suas decisões. A área das informações é, pois, primordial à tomada de qualquer Decisão organizacional, pois é com elas que qualquer dirigente policial pode tirar conclusões sobre o que o adversário é capaz de fazer, onde e quando o pode fazer. Claro está que, este conhecimento condiciona o modo como se visualiza o cumprimento da Missão, pois pode estar na posição de escolher entre várias opções.
A finalidade das Informações não é fazer história, fazendo unicamente o relato dos acontecimentos passados mais sim do que poderá suceder  e a melhor forma de controlar qualquer acontecimento policial, ou seja, a prevenção e a repressão dos factos ilícitos. A actividade de prevenção procura evitar que o crime se verifique e assenta sobretudo numa antecipação dos factos, nomeadamente com a adopção dos princípios do policiamento de proximidade.

“La sabiduría que se obtiene de la experiencia no depende de la cantidad de información de que disponga la persona sabia, sino de su habilidad para utilizarla”

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

MUNDO POLÍTICA SOCIEDADE Angola: Democracia sem institutos e simbolos

Willian Tonet
Fonte: Folha 8
Algumas das bandeiras preferidas pelos novos e velhos politólogos são, na sua maioria, segundo Caetano Barata em decorrência dos gregos, principalmente os ideais políticos modernos como justiça, a liberdade e o governo constitucional.
Foi a Grécia a pioneira a lançar as sementes da ideia democrática. Certamente, não é essa conservada pelos filósofos modernos e, talvez os gregos antigos não nos considerassem democráticos, porque presos ao formalismo desse regime.
Se pressupomos democracia onde a liberdade de expressão é tolhida, condicionada, castrada e punida com suspensão, banimentos e execração, então estamos distante dos seus pilares formadores.
Precisamos, em Angola, por exemplo, nominar o conceito exarado na Carta Magna. Se um Estado que se pretende democrático relega a liberdade de expressão sem considerá-la um direito fundamental consagrado na Constituição de 2010, no capítulo que trata dos Direitos, Liberdades e Garantias Fundamentais e funciona como um verdadeiro termómetro no Estado Democrático, qual será o conceito de democracia dos nossos futuros brasileiros?
O artigo 40.º da CRA, afirma: “todos têm o direito de exprimir, divulgar e compartilhar livremente os seus pensamentos, as suas ideias e opiniões, pela palavra, imagem ou qualquer outro meio, bem como o direito e a liberdade de informar, de se informar e de ser informado, sem impedimentos nem discriminações”; qual será a ferramenta que garantirá a não vulnerabilidade e até mesmo a anulação do valor desta declaração?
A postura e a postulação de “alguns grupos” não podem ser respaldadas nem pelo Direito Legal, nem pela opinião pública e muito menos pelos meios de comunicação social do Estado que conhecem muito bem as consequências, quando o direito da liberdade de expressão é excluído da condição inicial do cidadão.
A postura de muitos caciques do regime é contrária a democracia e seu o legislador faz ouvidos de “moco” e venda os olhos, não está a defender a democracia, mas uma ditadura encapotada, em função da outorga pelo voto directo do povo para representá-lo com a sua voz, capacidade e principalmente consonância de garantir as liberdades e não consumarem a ilegitimidade de retirar um Direito emanado pelo povo. E ainda, mais óbvio, basta analisarmos se o povo angolano é na sua maioria contrário a morte das suas línguas, culturas, tradições e costumes. Se assim, não o é, onde está a ética dos que contrariam a opinião pública?
Há muito tempo a política convida os homens à tolerância, ao diálogo, ao bom senso, ao consenso. E lamentavelmente, em pleno século XXI, num Estado que se diz democrático, os luso tropicalistas a revelia do mandato popular, impuseram a maioria de um povo; 75% que não fala português, esta língua como a única com direito constitucional e as angolanas, como marginais, que devem ser eliminadas do mapa. Face a esta situação, tal como os angolanos tiveram de lutar no período colonial, contra os colonialistas em defesa das suas culturas, também agora, as novas gerações e os autóctones consequentes devem bater-se contra a pretensão dos luso tropicalistas de tentarem eliminar o que os 500 anos de presença portuguesa não conseguiram, acabar com a liberdade de expressão nas nossas línguas maternas. Não se pode promover mais o “paneleirismos”, ou homossexualismo, numa televisão pública, TPA II, paga com dinheiro dos contribuintes e gerida pelos filhos do Presidente da República, do que o bem mais sagrado entre os autóctones Bantu: a sua identidade linguística e cultural. Por esta razão todos devemos dizer basta, principalmente, agora que Eduardo dos Santos disse que anunciou diante do seu amigo português, Pedro Passos Coelho, que se vai recandidatar a mais um mandato eleitoral, nas eleições de 2012, onde a fraude marcha como o vento e os cortes da escuridão da EDEL, são uma norma, para consolidar o seu longevo, complexado e discriminatório consulado.
Se nada fizermos, agora, na defesa da verdadeira angolanidade, não acreditaremos a chacina a que estaremos sujeitos, ao vermos a incoerência tornar-se exemplo e a lucidez ser considerada loucura.
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